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sábado, 5 de setembro de 2015

Diário de um amor

Sopra o vento nas carnaúbas...
Perto ouço
Meus pensamentos
Anunciando que estivemos juntos...!

Em que lugar se escondeu esse tempo?
Um dia, tão de repente, em me vi sozinha
Será? Será que o tempo não volta?

Sei apenas que lá na estação
Ficou nosso último olhar
Que não soube dizer que te amo tanto!












sábado, 19 de outubro de 2013

Da minha saudade de ti



Caríssimo,

Nada mais soube de ti, então pensei em te escrever, para termos uma conversa de como estou, o que sinto...
Do mesmo modo, tenho anseios (íntimos) de receber notícias tuas, de saber se vais bem... se tens um novo amor... ou quem sabe... se espera que eu te diga de meus sentimentos.
Falo de mim. Parece-me bom dizer inicialmente que estou com saúde, que o sol onde ando continua o mesmo – com seus piques de muita luz e que se esconde por trás de algumas nuvens, raramente.  Pouso meus olhos nessas últimas palavras para te dizer que ando escondida do amor – mas não sofro, porque estou bem sozinha.
Como poeta, não me entenda mal, sou toda sentimentos, caminho afogada em saudades de ti... foram longos os meses que me deixaram sem notícias... eu mesma me dei sem te escrever... ainda não entendo o porquê dessa minha decisão.
Num gesto rápido de explicação, atribuo ao fato de que tu apenas me envias e-mails curtos... com um singelo olá... mas antes isso que agora o teu silêncio!
Também costumo me ver como menina... com um sonho ansioso de ainda outra vez estar em teus braços... recostar minha cabeça em teu peito e ouvir de ti que sou tua índia.
Ah, como me agrada saber que temos um segredo!... Algo nosso, único.
E é verdade que te amo.
Com o ritmo acelerado de meu coração (neste momento) repito na escrita que amo, amo e amo-te...
No entanto, o dia me parece frio (até no Piauí), do lado de minha pele que foi acariciada por ti... Faz tanto tempo, não é?...
Dias passam...
... Mais minha saudade aumenta!
E quando penso em te enviar um beijo, faço-o assim...
Numa carta.


Teresa

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


Foto: muro de minha casa

Caríssimo,

Nesta quinta-feira acordei cedo, pouco depois de uma chuva fina com um vento frio, e me vi caminhando para uma reviravolta de uma noite em que estive no calor de teus braços. Delicadamente eram teus beijos; mas nosso corpo pedia por paixão, e excitados por nossos desejos fizemos amor como dois desvairados.
Tudo isso pede hoje certa medida de reflexão. Conheço um casal de vizinhos, eles têm um pouco menos de trinta anos, que são os motivos de tanto fogo por sexo. O homem, por ser mais jovem, um verdadeiro garanhão na cama (conta-me a esposa); ela, sempre está com os olhos carregados de amor e desejos. Um casal perdido de amor... loucamente apaixonados.
Despertam em mim, assim, a nossa história: “Querida, estou louco de paixão por você!”, ouvi várias vezes. O meu coração explodia... eu também te desejava ardentemente. E tudo aconteceu de modo proibido. Tudo pede mesmo uma análise... para não ficar perdido... como se tivesse sido apenas desejo.
Pretendo não ir muito longe. Muito embora que as lembranças vão chegando à medida que me proponho a falar delas. Aqui está um exemplo: Nós dois caminhando para o hotel, se há nisso um pouco de recordação em ti, íamos com tanto desejo de estarmos a sós, que invejo meu coração e o sentimento que continha naquela hora. Tudo começou com um beijo na porta do quarto e terminou numa enorme apaixonada noite de amor.
Uma de minhas amigas observou que, se eu tivesse te conhecido em outras circunstâncias, talvez ainda estivéssemos juntos. Pois sei que nossos sentimentos não foram fogo de palha. O que sentimos tem ainda um belo papel; formam, em torno de meus dias, uma verdade de que podemos nos apaixonar sim, mesmo estando casados com outro.
Eu não fiz nada para esse sentimento tomar-me. Tu também não o fizeste. Aconteceu. Escutamos apenas a linguagem de nosso coração. Escutamos os gritos de nosso corpo, quando a pele estava inflamada de desejo. Não fizemos nada de mais. Apenas tivemos uma noite de amor. Mas, eu, principalmente, ouvi as palavras que tanto almejava ouvir de ti: “Dou a ti meu corpo e meu coração neste momento, minha amada Teresa!”
Entretanto, uma esposa, que muito te ama, estava em tua casa a tua espera. Certamente que não se magoa, nem se tira a felicidade de outrem, para saber se uma noite de amor é suficiente para viver a dois.
Pode ser até que, com o tempo, eu venha a te esquecer e lembrar-me apenas de um bom momento.
Há muitos dias, uma flor – por sinal muito bela – caiu do galho por uma forte ventania. Eu entendi essa parte; coisas da natureza. Mas não entendo eu de dias que virão. Ignoro se tua ausência – de tão grande dentro de mim – se acabe. O que sei, é que fui tão amada naquela noite, que me vejo ainda com teus braços em torno de mim em momentos de um friozinho nesta manhã do Piauí.
E já vão dar nove horas, e todos os ponteiros se movem no relógio que anda... anda...
Retiro-me com um beijo.

De tua...

domingo, 4 de novembro de 2012

A saudade de ti



Caríssimo,

Recebi teu e-mail. Muito grata. Ah, como que eu gostei imensamente de me chamares de bela e sensível pluma do Piauí!...
Perdoa por não ter te respondido prontamente, mas estive sem internet. Há dias que penso tanto em ti e isso tem me trazido bons sonhos à noite, por vezes, desejosos de teus beijos...
Por aqui os dias passam quentes e longos, imagina como são as horas de dormir – mais compridas ainda e o calor parece que não quer nos abandonar... Pois é assim que tenho passado esses três anos. Fico muitas horas acordada com os pensamentos em nosos momentos... adivinha, como fico então? Com mais calor ainda...e esse me corre pela pele... ah, vontade de te ver!
Queria saber de ti... Como passou todo esse tempo... Sei que estás sempre muito ocupado com tuas pesquisas... Tira um tempo para falar comigo... Podemos ficar online: E olha que cortei o cabelo e cuidei um pouco de minha pele (não rias, mas é que este sol castiga muito uma mulher).
È muito bom saber que tens lido meus poemas (os sonetos são para ti).. De qual gostas?... Eu também gostaria de ler mais coisas tuas... Assim de amor... E sei que escreves sobre minha terra (nossas lendas indígenas te fascinam)... Recordas que me chamavas de tua índia? Hum, esqueci de contar que meus cabelos agora são castanhos (coisas femininas e também para esconder os fios brancos... os anos já me castigam).
Ontem eu fiz uma passeio a uma cidade vizinha e me dei com tua palavras – Realmente, que se o espaço que nos separa fosse mais curto, “essa necessidade de sentirmo-nos quentes e vivos, no corpo e na alma mesmo por instantes num abraço ad profundis” seria tão mais fácil de nos vermos: como ir de Piracuruca a São José do Divino, onde estive.
E como tuas palavras me correm pelo íntimo – Sei, sou romântica demais... Estou constantemente a observar flores, pássaros e perco-me em fantasias assim... pelos instantes que compartinhamos... E quero mais... Sentir tuas palavras novamente a meu ouvido... sussurrando-me que me gostas... E há tempo para amar... não te esqueças... nunca.
Mas o tempo também me inquieta... Já te disse que os anos caminham bem mais rápido do que eu gostaria... e mesmo que sejam longas as horas distante de ti... Gostaria de que não passassem assim tão veloz ou que se o fossem, seriam para nos fazer ficarmos juntos... O doce sabor de teus braços é como um ramo das plantas da caatinga: quando os julgamos mortos revivem a cada retorno das chuvas... é só eu fechar os olhos que sinto o bater de teu coração – aberto para mim em todas as horas que foram nossas, por quatro dias.
Enfim, envio meu carinho e te peço que não esqueças de tua flordecaju do Piauí.

Sempre. Teresa.
Foto: Praça Irmãos Dantas, Piracuruca - PI. 

sábado, 14 de janeiro de 2012

Caríssimo,

Hoje quero saber de ti. Na verdade, a noite de repente se tornou triste. Caíram meus olhos num pranto manso e deixaram um vazio dentro em mim.
Momentos assim, eu espio minha alma pra ver os buracos que se fundaram em meu peito. E para puxar um pouco de luz ou mesmo assentar meus olhos em algo bom, busco tua imagem, de quando estivemos juntos.
Dias inteiros e bonitos, dos largos passeios com tua voz a dizer-me que o amor quando habita entre os poetas é para sempre...  Muito além de nossos dias, da distância que nos rouba abraços e beijos.
Mas minha mente sabe que quando as flores se desembrulham na primavera... Elas ficam extremamente radiantes de vida e não precisam ouvir que sempre serão lembradas, que o perfume delas será interminável...
Têm mesmo dias que queremos viver novamente o que passou... E adormecemos como se o tic-tac do relógio parasse...

O meu beijo.

terça-feira, 1 de novembro de 2011


Caríssimo,

Escurece. Embora estrelas acendam-se por todo o céu. A rua fica mais aberta com esse palpitar de luzes. Apenas meus passos são fracos, pela noite adentro.
É terça-feira de novembro. E, justamente hoje recebo de ti desejos de eu ter uma boa primavera. Mas aqui ainda é verão. Nesta hora do sono, em que ouço lá fora os sons dos grilos, quanto mais penso em ti, mais um calor toma conta de mim.
Resolvo balançar-me numa rede. Que bom! A frescura toma conta da varanda. (Parece que as estrelas interrompem o que estão fazendo para me impressionar por cima das árvores).
Calo-me. Às vezes fico assim em silêncio, pequenina, com saudades de ti.
Sempre à noitinha, voltam as lembranças de nossos beijos, como brotando de dentro de mim. Foi numa noite como esta que nos amamos pela primeira vez. Numa noite assim, tirei minhas defesas e me dei completamente a ti.
O vestido de alças, os pés descalços e a areia da praia e, andando sem pressa - nós dois.
Foi como se dois corpos se tornassem um só. Não se via senão o amor. Tua voz grave e doce me dizendo que seria para sempre.  
Mas agora enxugo minhas lágrimas. Assim cheia de saudades. Meu olhar está entregue a uma dor intensa. Como se me tivessem tirado os sonhos.
Oh! Caríssimo, lá no alto as estrelas apenas me dizem que a vida segue...
E uma voz chorosa e triste, dentro de mim, repete que preciso de ti...
Vem...
Quem me dera estar contigo agora!


sábado, 13 de agosto de 2011


                                                          Foto Google
Caríssimo,

Hoje mais que nunca senti vontade de te falar. Sei que tem a ver como me encontro.
Olha, ando muito solitária. E que minha solidão não seja diária, é o que peço em  minhas orações.
Quando passo por lugares onde estivemos; quando me lembro da ternura de teus olhos sinto-me mais e mais precisa de ti. E é inútil fingir que te esqueci.
Às vezes, repito, em pensamentos, nossas conversas. Quero descobrir o porquê de teu silêncio. Que eu saiba, mesmo que na hora da despedida eu te disse que te amava.
Estou sendo repetitiva? Que importa?
Sou louca por ti. E sinto cada vez mais que não posso te esquecer.
Ai, e que Deus não faça com que esta solidão me destrua.
Que Ele me dê forças para continuar seguindo...

O meu beijo a ti.