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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Foto Google
Caríssimo,

Hoje acordei pensando em ti
Então esqueci as censuras de minha razão
Minha pele é toda sensação física
Até o ar morno da manhã tem aroma de amor
A neblina que envolve as plantas é lençol de seda
Debaixo do qual as flores amaram envolvidas pela lua
Agora nesta aurora, tua imagem vem-me fascinante ao colo
Teus lábios estão a mordiscar-me numa carícia louca
Neste meu mundo febril dos desejos tu és a essência
Reconheço estar no cio assim a gemer de vontades
Meus seios derramam-se de sabores com o sangue a ferver por teu amor
Olhando o céu, há uma correspondência entre nós sem explicação
Minhas sensações eróticas são transmitidas a ti por pensamentos
Não nos preocupamos em analisar os porquês
Apenas estamos em fogo neste fósforo aceso pela poética
Nossas palavras sugerem um encontro clandestino
Sou toda coxas toda beijos plena de sentidos
E bocas passeiam-me no ventre e dedos conhecem-me o âmago
Ondas sobem-me ao peito águas molham-me o interior
Em horas assim, soluçam-me os olhos de um prazer com gemidos
Enquanto imploro ao vento que leve estas palavras a ti
Que corte o firmamento cantando desta minha alma em flor...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


Caríssimo,



Tomo a lira do vento que assobia nos galhos das árvores
E colho dos segredos dos pássaros das folhas secas.
Suspensa, num balanço, sonho com asas multicores
Montanhas altas densas florestas um jardim de flores
Deixo meu pensamento livre ao ocaso
Embaixo os morros as matas as correntezas dos rios.
Agitam-me n’alma teu rosto ainda na lembrança
Um afago em meus cabelos um sussurro noturno.
Assim batendo no coração assim se estendendo
Em que meus olhos somente veem tua figura me abraçando.
Falta-me o ar aperta-me o peito a lágrima desce
E perde-se no vento; não fosse tua despedida
Simularia ser gota de orvalho...