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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Carta de amor





Meu amor,

Se durante esta vida não nos viram juntos as flores,
Não silencia a voz do vento no jardim;
Fala a elas que fomos amantes.
E se quiserem, posta em meu túmulo
Uma rosa branca.
Deixa a marca de teus passos em minha vida
Quando eu não mais estiver aqui.
Pede que os sinos toquem tristes
À minha passagem
Como se chorasse a igrejinha.
Ah, meu amado
Ora por nós que não vivemos
Livres tão belo amor.
Pois numa suave tarde
Ouvindo o canto dos bem-te-vis,
O bosque que abrigou nossos segredos
É lá que vou passear nas horas longes de ti.
Enquanto te espero,
Num ambiente azul de paz,
Evita a loucura das paixões
E te protege da nostalgia;
Porém enfeita as horas que nos separam;
Onde eu estiver saberei
Que precisas continuar a viver.
Sei do tom das flores
E do calor de braços amados
Debaixo do travesseiro.
Mas não esqueces:
Não juras amor a outra;
Pois ainda quero
Notar o sabor de teus beijos
Além da vida.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Solidão ao cair da noite



Meu amado,


O sol de hoje deixou um rastro de tristeza na luz de meus olhos. É que chegara ao nascer dele,  a lembrança do calor de teus beijos dentro de mim; e julguei ao ver o sol dormir, serem teus lábios dizendo-me adeus...
Então, crepitou dentro de minh’alma uma vontade de estar contigo embriagando-me os pensamentos e estes davam mergulhos na luz de meu coração! E me vi novamente com meu corpo colado ao teu, amando-te na noite...
Há, desde o pano de fundo do céu até a cor negra de meus olhos, luzes brilhando na noite em que te escrevo. Vem-me uma sensação de rubor nas faces; de uma boca selada à minha e, chego a ouvir meu nome num suspiro das estrelas! Então, fico com os olhos afogueados pedindo que venhas me ver! Chego a sentir o gostinho de teu beijo tanto é meu desejo por ti!
Corre agora um vento fresco vindo das palmeiras. Lembro-me de nós conversando agarradinhos, segredando carinhos, palpitando de anseios a cada caminhar de nossas mãos em nosso corpo. Todos os sonhos que viajam por minha mente neste instante, dançam em minha pele que se arrepia (e não é do vento)... E minha epiderme sente-se viva chamando-te para uma noite de amor.
Sou neste momento uma presença morena iluminada pela lua. Meus olhos têm o brilho de uma gata no escuro. Uma tormenta me vem ao corpo mensageiro de minhas vontades. Em meu ventre, um almejar de afagos desfolha-me o âmago querendo que eu seja hoje, mais uma vez, a dama de teus olhos e tua mulher diante do amor.
Estou te escrevendo como se pudesse acalmar meu corpo e meu coração. Sou parte da noite anunciando a solidão do sol. Trocam-se estrelas de lugar; viaja a lua por novas nuvens e fico aqui olhando os astros numa melancolia que me puxa o coração para o vazio. No silêncio, só meus pensamentos movendo-se com a lembrança de tua imagem.
Lá para as bandas do nascente rasga um trovão. É a noite chamando a vida que se renova sempre depois do pranto das nuvens. Talvez chova mais tarde e eu sinta ainda mais frio em meu corpo. E eu não encontro outra forma de sentir tua presença a me aquecer: preciso pôr nas palavras a tortura lírica de meu ser. Estou em transe poético! E como não gritar teu nome diante dessa tortura por teus carinhos?
Acredito que me amas. Assim, naufrago meus olhos na noite, enquanto aguardo ser salva por teus beijos!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009




Amado,

Tenho pensado tanto em ti! Olho meus dias e vejo-te ao meu lado, tamanha é a vontade de estar contigo!
E sei que este meu sentimento é para sempre!
Mudam-se os aspectos da natureza... o céu de azul passa a cinza anunciando  que tristes são as horas longe de ti! E as rosas brotam,perdem as pétalas e acorda uma semente renovando a vida. Assim sigo... revigorando-me de ternura por ti, enquanto aguardo passarem-se os dias que nos separam !
E cá estou... ouvindo nossa música, sentindo meu peito arrebentar de tanto te querer! Um meigo sorriso me vem d’alma sussurrando que tu és o homem de minha vida; que só teu olhar me afogueia o corpo!
Em minha pele corre teu cheiro; o sabor de teus lábios ainda está nos meus... e sei que em cada noite passada a teu lado foi o meu nome que teus lábios pediram. Nessas horas eu fui uma deusa, uma ninfa da beleza feminina. Foi contigo que eu soube o prazer de ser mulher amada.
Eu não sei disfarçar o quanto te quero! Te quero! Grita meu corpo em cada célula. Chego a visualizar teu caminhar de encontro a mim... e corro para ti! Ah! Minha boca deixa sair teu nome... amor!
Tu, só tu conheces os segredos de meus desejos... E só tu me despertas assim... feminina mulher... gritando de prazer na hora de nosso amor!
Como posso dormir sem antes te dizer o quanto meus pensamentos são teus? Então lê minhas palavras em teu coração, pois elas são o fruto de meus sentimentos!

Um beijo.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Entre a razão e o coração



De um jardim, em uma noite solitária sem lua, nem estrelas... 

Amado (amo, sim!),  

É tarde! É muito tarde! Diz minha razão a meu coração. Mas um perfume longínquo vem me lembrar das vezes em que fizemos amor; de tuas palavras me falando ternamente; até de teus conselhos...  
Ó meu amor! Que saudade infinda me trazem as horas caladas da noite! Os minutos do relógio em sutis passadas remexem meu ser... cheiro dos sorvetes; sons de onomatopéias em meus ouvidos; minha alma tremendo ao toque de tuas mãos... Não me abandones... Não me deixes nessa solidão... num amor sem rumo!...  
Bem me avisou minha razão para eu não entregar meu coração. Tola! Tola! Sinto agora o amor em cada célula, a correr em mim como o sangue das veias... E viaja em todos os caminhos de meu corpo sussurrando teu nome... 
Não vês que meus versos são teus? Que sou tua Maria? Não te lembras de minha carta cheia de sedução na qual eu me declaro a ti? Corre os pensamentos na tua memória e faze em flip... flop... flap... um sugestivo som de uma flor a ti chamar na noite... 
Oh! Não deixes minha razão vencer! Dize a mim que não é tarde. “Ainda sou tua Maria.” Abre em tua casa a janela do quarto e sente o perfume de minhas pétalas...! Estou aqui a ti esperar... 

Beijo...  

P.S. Deixei na mensagem instantânea a mesma flor de sempre, com aquele coraçãozinho...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Cartinha simples





Oi amor
Lindo dia, não é?  Como vai teu domingo? Deste lado do céu, o sol abriu seus raios, graças!
Escrevo-te hoje para contar que passei a semana inteira, pensando em ti. Isso não é surpresa! Tens conhecimento de meu querer, desde o instante em que nos fitamos em palavras de poemas.  Lembras? Ficamos versos inteiros namorando numa serenata de entrelinhas embebidas de perguntas.
Tantas interrogações nos fizemos antes de nos estreitar o abraço poético de nossos desejos!
E foi tão belo! Uma alma unida à outra alma, existindo alheias ao mundo. Almas sonhadoras querendo somente a felicidade. Serenas, cultivando o hálito do amor. Inspiradas no mais puro sentimento divino... Sem culto ao corpo, sem luxúrias de gritos ao mundo. Silenciosas almas amantes da poesia.
E se a dor (inimiga desse sentir) vinha ter conosco... Ah! mais nos amparava  o escrever do verso, nosso confidente de segredos, que em olhar atento, longe dos homens, era nosso mais íntimo pensamento.
Celebro hoje o dia, num altar à poesia, em que me fiz menina para sonhar amar ainda, uma vez mais...
...Vibrando a alma em prol da vida!


quinta-feira, 29 de outubro de 2009



Amor,

Custo a dormir. Reviram-me nas lembranças teus olhos marejados em nossa última conversa. E bem sei por que os guardei para mim! Estão aqui olhando para meu coração que ainda sofre com nosso adeus.
A culpa foi minha. Não devia ter falado contigo quando o demônio do ciúme me rondava nas palavras. Eu devia ter banido de minha boca as palavras cortantes que me saíam de um coração que não era meu. Não pode ter sido meu íntimo que te falou daquele jeito...  todo meu ser te ama!
“Eu sempre reajo apedrejando sem olhar o que ‘quebro’ quando me sinto ameaçada. Eu não poderia imaginar que tu apenas conversavas com uma velha amiga de infância. Vocês riam tão prazerosamente! E me senti roubada de tua felicidade...”
Eu estou nos olhando no dia de nosso primeiro encontro! Lembras? Eu estava selecionando um filme na locadora para um fim de semana prolongado. Escolhemos o mesmo. Fiquei curiosa por um homem gostar de filmes românticos antigos. A primeira coisa que fiz foi indagar teu nome.
Depois disso, o céu se abriu para mim... e até a data em que o fiz se partir, o sol de teus olhos iluminou meus dias.
Lavo meus olhos avermelhados de chorar duma dor profunda em meu coração. Eu mesma causei esta ferida em mim. Estou sagrando por dentro. A água fria da torneira não vai aliviar este sofrimento.
Não tenho palavras mansas para acalmar o que eu te disse na hora do ciúme. Minha boca tem um sabor amargo. E sei que a culpa foi deste coração que não soube confiar em ti. Estou morta por dentro. Morta sem a luz de teus olhos. Como se eles fossem a luz de minha vida.
E tu sabes o que quero com esta carta... Estou pedindo uma conversa serena com nosso coração. Não posso deixar nosso amor morrer... Pois ainda sinto acesa uma chama em nossos olhos.



terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ah, como te amo!




Hoje eu me peguei pensando em ti...

Desenhei teu rosto na luz de meus olhos e sem perceber sentei-me contigo naquele banco da pracinha em que nos beijamos escondidos da lua. Ouvi tua voz na canção do dia por entre as folhas que dançavam em alegretto. Banhei-me na cor de tua pele quando os raios do sol brincaram nas pétalas das flores que desabrochavam.
E se me perguntarem, nem sei por que te amo...
Só posso argumentar que tuas palavras me seguem nas horas do dia. 
Sabe daquela vez em que desejei um sorvete de goiaba com doce de leite? Ainda lembro teu sorriso meigo dizendo-me que era coisa de criança... E, depois, quem mais tomou do sorvete?
É... As tuas palavras habitam dentro de mim e dividem o espaço de meu coração com as emoções do dia que nasce...
... Numa simples manhã em que os sabores da mata me falam de ternura e  cochicham que amar é preciso...
Mas que fazer se sonhei contigo ontem quando a noite chegou seduzindo minha razão e me fez dizer antes de dormir que te amo? Como eu podia comprar uma briga com minha emoção e ponderar que tu estavas apenas em meus pensamentos?
Tenho certeza que isso é amor... (Riem meus olhos satisfeitos com essa descoberta!)
E não vejo a hora de estar outra vez contigo... Nem que o seja em sonhos!




segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Despedida

Num quarto, em uma noite solitária... De dias sem você!

Neste sábado notei que você fugia de mim. Talvez com receio de me ouvir. Creio que nosso amor chegou ao fim. Sabe? As batidas de meu coração agora são normais quando o vejo. Meus lábios ao serem tocados por você sentem uma ternura de amigo, um leve roçar de carinho. Se for certo que ao acabar o amor, fica uma amizade; eu me encontro assim - como uma velha amiga que conhece o sabor de seu beijo...

Percebeu o tratamento? Antes era “tu”, pessoa após o “eu”. Hoje já não existe o “nós”... Em minha vida, não há “entre nós”! Agora quando saio de casa e não falo de você, percebo um olhar indagador em nossos amigos... Mas são discretos e nada comentam... Não me faça perguntas... Não sei as respostas... Aconteceu!

Há um amor novo em meu coração? Olha! Durante esse mês, houve algumas pausas entre nós; raras vezes nos falamos; nossos silêncios tornaram-se mais prolongados! Aquele livro, que em que guardo os versos de nosso amor... Continua lá na gaveta do criado-mudo! É um sinal de que você foi importante em minha vida... Só posso dizer que o relógio do amor continuou a bater e você não me ouviu quando as cordas tocaram e disseram que eu estava muito só, por noites...

Revelo-me aqui a você. Não há amor que ignorado resista a esse mundo de guerra. Deixou-me frente a esse bombardeio gigante de sonhos meus... De meus anseios enquanto mulher! De mim, digo que o amei muito! Desci ao fundo da alma e ela vibrou em seus braços; desci mais ainda e fui menina quando gemi enlouquecida de prazer ao nos amarmos.

Não quero ir adiante e falar de meus anseios... Como uma flor posta à janela no dia dos namorados e que aguarda um beijo... Ou das vezes que quis ir ao cinema e você sempre ocupado... Tomei aquele sorvete sozinha... Sentei no banco da praça e lá defendi que amor é estar juntos e não só beijos entre corpos!

Assim me vou... Nem sempre o amor é eterno (Lembra? Você o dizia! Acertou!). Deixe-me acrescentar que mulher é um ser curioso... Eu vi a vida sorrir em versos!

Tum... Tum... Tum... Tum... Tum... Tum!

O relógio toca seis horas...

É novo dia... e as flores estão cantando no vaso à janela!... (Não posso me despedir da vida!...)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Um beijo

Meu amor,

Hoje quis te enviar meu beijo. Um beijo na boca. Desses de encontros das línguas que se alternam com outro beijo delicado, só provocando.

Sei que serei eu a tomar essa iniciativa. Mas tu o queres. Teus olhos em meus lábios são a certeza de que não te parecerei ousada.

Prometo-te que durante esse beijo eu serei carinhosa. Sensual até. Minhas mãos, em tu corpo, buscarão teu peito por baixo de tua camisa. Suavemente como se meus dedos fossem lábios deslizarão por sobre tua epiderme quente. Em movimentos marotos, acelerando teus batimentos cardíacos, só para te deixar enlouquecido de prazer.

E quando minha boca se desligar da tua, dar-te-ei leves mordidas nos lábios. Em seguida, com a umidade de meu sabor, olhos fechados, como uma poesia, contornarei tua boca com minha língua. Faremos versos aí. Sem pressa. Explorando, conhecendo, demarcando território.

Numa linguagem corporal, meu beijo dirá que te amo. Entre gemidos de minha boca e arrepios de meu corpo, tu saberás que é o momento certo para me amar. Então, tuas mãos, gentilmente, envolverão meu rosto. Teu corpo colado ao meu, embriagando meus sentidos de tanto desejo, me dirá que sou tua amada para todo o sempre.

A grande custo, libertarei teus lábios desse fado. E em delírios de meus lábios atrevidos ainda o resto de teu corpo será prisioneiro meu.

Cheia de amor,

Esta flor.

Saudade

Brasil, 27 de junho de 2009.

Amor,

Quis não te escrever. Juro-te! Prometi a mim mesma um doce, aquele sorvete de goiaba que tanto gosto. E nada! Então, arrisquei não falar na palavra saudade, mas meu coração me traiu.

O vazio tomou, assim, conta da minha alma sem a tua presença; sem nossos momentos à noite. Minha cabeça virou um redemoinho de palavras ditas por nós. Ah, quantas vezes eu disse que te amo quando aninhei meu rosto ao teu? Recordas de meus olhos namorando nos teus? Eles viviam felizes. No momento, abrigo um medo de não voltar a ti ver; de não respirar das tuas emoções quando meu corpo te chamar na noite deserta.

Ah, meu eterno amor! Minhas horas são lentas quando não estás junto a mim. E meu coração sofre sem sentir o teu junto dele. Cada sorriso que deste, vive em meu olhar. São eles que ainda preenchem um pouco meus dias. Teus carinhos, que extasiavam minha pele , moram em meus sonhos continuamente. Aflitos, neste instante, meus braços envolvem meu corpo para não cair na solidão que me restou de nosso amor.

Como o amor é tão contrário a si mesmo; meu íntimo sorri, às vezes. Vê: sou uma mulher que vive iluminada de uma esperança. Não posso deixá-la morrer. Isso seria contrário à minha forma de amar. Ao menos isso ainda tenho: o direito de sonhar contigo. Meu amor é maior que essa saudade! E sei que não se pode medir o amor! Como mensurar a beleza de uma flor que nasce? Ou do voo livre de um beija-flor? Quem conta as infinitas vezes que disse ao mesmo amor: Eu te amo?

No entanto, dói pensar que as flores murcham ao fim da tarde!... É um tormento conhecer o regador e não dizer a ele que as sementes germinaram e necessitam de cuidados. E enlaçar os olhos numa árvore frondosa é tão belo! Sorrir quando a luz penetra em seus galhos é um canto de amor!

Não deixes meu amor ser um sofrimento! Não recuses meu presente. O futuro nos convida... vem! Meu amor não pode viver longe de ti! E sei que não queres viver sem mim...

Desta flor que te ama.

Declaração de amor

Amado,


Há momentos, em que penso em desistir de ti esperar...

Há instantes, que meu peito sangra nessa espera...

E choro... (Toda)!

Mas uma voz me consola: “Ele é teu amor!... Confia!”

Então aprendi que não tenho o porquê de exigir teu amor. Apesar de ter boas razões para isso: já fui uma flor de teu jardim! E deixo que a natureza cante em teu coração. Só não nego: aguardo os segundos em que estarei em teus braços.

Aprendi que amores vão embora... outros vêm. Não tenho como te reter! Mas para sempre tu estarás comigo. Sei que as palavras, às vezes, deixam fugir seu sentido; porém teus olhos estão aquecidos em meu coração. E dele, não há como fugir.

Certas palavras doem quando as falamos... Outras têm doce sabor! “Amor!” é palavra que avidamente saboreio; escorre-me pelos lábios, viaja em minha pele, contorna o lóbulo de minhas orelhas arrepiando-me por dentro. (E faço de conta que me chamas assim também... A alma fica acesa de prazer!).

E chego a fazer amor contigo! Desde eras antigas nos amamos... Diz minha boca à tua! Como tão grande amor pôde esperar? E ficamos um perante o outro conservando n’alma o sabor desse encontro.

Ainda o cultivo comigo! Estás em minha memória. Foram momentos para se gravar em uma tela de pintor. E se choro, é por que um beija-flor, cheio de feitiço, anunciou que vai namorar uma das flores de meu quintal... Vês? A vida em torno de mim segue...

Porém te imploro... Dobra esta carta e guarda-a em teu livro mais raro, a ti!

Desta flor.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Amor para todo o sempre


Amor,


Vens em meus sonhos todas as noites quando fecho meus olhos, até que vou saindo de mim; como um sopro de vento que lentamente singra mares, que ultrapassa continentes e depois morre no corpo amado.

Neles, eu sempre a repetir: amo-te, amo-te, amo-te!

São sonhos que me vêm, vorazes, tornando amantes nossas bocas. Neles, nossos desejos não respeitam limites nem fronteiras do prazer. Entre mãos sedosas tu me levas a galopes de sensações na pele. E Descubro-me acordada dialogando com teu corpo. Assim deixamos cair pelo chão os últimos vestígios de que apenas sonhamos.

E anseio para todo o sempre pensar em ti, amor meu; em que todas as horas sejam noite. Que o período do relógio escape-me dos olhos; e eu fique cega diante da vigília de ti amar. E que Veja mensagens tuas nas flores desabrochando ao tom do sol; a escutar de meu coração tua voz dizendo-me que me quer. E depois eu venha ao entardecer, armar minha rede para ti aguardar.

Nas horas de meu sono, falo de ti para minha alma, essa eterna apaixonada, desabrigando de mim meu coração. Ele se refugia na quietude de teu nome, espaçando os braços para voar a ti. Ah, meus sonhos de amor são a testemunha de que o tempo transcorre mais ameno nas sombras do dia. E viajo nessas eras como num enleio de amor sobre a noite!...

Em idas e vindas de meus sonhos, encontro meu corpo sempre sedento do teu e te chamo... Esperando ser consumida em nosso fogo de amor!...

E já sonhei que vinhas de muito longe só para me amar!... Para todo o sempre!


(... da janela de meus sonhos te chamo nas noites...)

sábado, 19 de setembro de 2009

Boa noite, amor

Meu amado,

Hoje para dizer o quanto te amo, minha palavra deveria conter as belezas de um verso de amor. Não bastaria eu te confessar “Eu te amo”, nem dizer que meu corpo fala essa mesma declaração toda vez que nos entregamos um ao outro.

Amado, eu deveria escrever-te um poema de amor. O mais belo, o mais romântico; que caminhasse de mãos dadas com meu olhar toda vez que eu pensasse em ti confessar este tão profundo amor. E sei que se minhas palavras fossem escritas numa poesia, bastariam para abrir o botão de rosas no jardim de teu coração. E eu queria que elas beijassem teus lábios e corressem em tua pele, sensitivas de minhas emoções.

Se eu fosse poeta, te escreveria versos narrando que estou em fogo de tanto querer; que aninhada nas entrelinhas das palavras, eu te queria ser um toque de paixão.

Se eu fosse poeta, para dizer de meu amor; eu descreveria um ambiente em floração da natureza, com pássaros canoros, águas de um riacho inocente e uma noite em seresta de estrelas.

Eu não te sei fazer versos de amor. Não sei contar de minha ternura com palavras. Não entendo da profundidade da meiguice de um poema. Mas é que meu corpo está em fervor de paixão; numa mistura de detalhes de teus gestos das horas em que amamos.

Eu estou desarmada de palavras belas. Elas me escapam a um sorriso de meus olhos, pois sabem do brilho deles quando tu me brindas com: “Eu te amo”!...

Então, hoje, eu apenas digo: “Boa noite, meu amor!”