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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Declaração de amor

Amado,


Há momentos, em que penso em desistir de ti esperar...

Há instantes, que meu peito sangra nessa espera...

E choro... (Toda)!

Mas uma voz me consola: “Ele é teu amor!... Confia!”

Então aprendi que não tenho o porquê de exigir teu amor. Apesar de ter boas razões para isso: já fui uma flor de teu jardim! E deixo que a natureza cante em teu coração. Só não nego: aguardo os segundos em que estarei em teus braços.

Aprendi que amores vão embora... outros vêm. Não tenho como te reter! Mas para sempre tu estarás comigo. Sei que as palavras, às vezes, deixam fugir seu sentido; porém teus olhos estão aquecidos em meu coração. E dele, não há como fugir.

Certas palavras doem quando as falamos... Outras têm doce sabor! “Amor!” é palavra que avidamente saboreio; escorre-me pelos lábios, viaja em minha pele, contorna o lóbulo de minhas orelhas arrepiando-me por dentro. (E faço de conta que me chamas assim também... A alma fica acesa de prazer!).

E chego a fazer amor contigo! Desde eras antigas nos amamos... Diz minha boca à tua! Como tão grande amor pôde esperar? E ficamos um perante o outro conservando n’alma o sabor desse encontro.

Ainda o cultivo comigo! Estás em minha memória. Foram momentos para se gravar em uma tela de pintor. E se choro, é por que um beija-flor, cheio de feitiço, anunciou que vai namorar uma das flores de meu quintal... Vês? A vida em torno de mim segue...

Porém te imploro... Dobra esta carta e guarda-a em teu livro mais raro, a ti!

Desta flor.

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