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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Despedida

Num quarto, em uma noite solitária... De dias sem você!

Neste sábado notei que você fugia de mim. Talvez com receio de me ouvir. Creio que nosso amor chegou ao fim. Sabe? As batidas de meu coração agora são normais quando o vejo. Meus lábios ao serem tocados por você sentem uma ternura de amigo, um leve roçar de carinho. Se for certo que ao acabar o amor, fica uma amizade; eu me encontro assim - como uma velha amiga que conhece o sabor de seu beijo...

Percebeu o tratamento? Antes era “tu”, pessoa após o “eu”. Hoje já não existe o “nós”... Em minha vida, não há “entre nós”! Agora quando saio de casa e não falo de você, percebo um olhar indagador em nossos amigos... Mas são discretos e nada comentam... Não me faça perguntas... Não sei as respostas... Aconteceu!

Há um amor novo em meu coração? Olha! Durante esse mês, houve algumas pausas entre nós; raras vezes nos falamos; nossos silêncios tornaram-se mais prolongados! Aquele livro, que em que guardo os versos de nosso amor... Continua lá na gaveta do criado-mudo! É um sinal de que você foi importante em minha vida... Só posso dizer que o relógio do amor continuou a bater e você não me ouviu quando as cordas tocaram e disseram que eu estava muito só, por noites...

Revelo-me aqui a você. Não há amor que ignorado resista a esse mundo de guerra. Deixou-me frente a esse bombardeio gigante de sonhos meus... De meus anseios enquanto mulher! De mim, digo que o amei muito! Desci ao fundo da alma e ela vibrou em seus braços; desci mais ainda e fui menina quando gemi enlouquecida de prazer ao nos amarmos.

Não quero ir adiante e falar de meus anseios... Como uma flor posta à janela no dia dos namorados e que aguarda um beijo... Ou das vezes que quis ir ao cinema e você sempre ocupado... Tomei aquele sorvete sozinha... Sentei no banco da praça e lá defendi que amor é estar juntos e não só beijos entre corpos!

Assim me vou... Nem sempre o amor é eterno (Lembra? Você o dizia! Acertou!). Deixe-me acrescentar que mulher é um ser curioso... Eu vi a vida sorrir em versos!

Tum... Tum... Tum... Tum... Tum... Tum!

O relógio toca seis horas...

É novo dia... e as flores estão cantando no vaso à janela!... (Não posso me despedir da vida!...)

3 comentários:

Norma Villares disse...

Cartas de amor... cartas de amor...
Hum, estava inspirada, falou lindo e de coração.
Abraços poéticos

FrancK Lavd disse...

Belo post "Despedida"!
Vim agradecer sua visita e comentário!
Abraço,
FrancK

Norma Villares disse...

Já postei seu link no meu blog. Abraços linda poetisa.